quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

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     HISTÓRIA DA PARAÍBA
Etimologicamente falando o nome PARAÍBA é originado de tupi: PARA(rio) IBA(mau), cuja significação foi atribuída pelo historiador holandês Elias Herckman como: rio mau, o cronista Loureto Couto o denominou de rio caudaloso e Coriolano de Medeiros de BRAÇO QUE VEM DO MAR.
O rio Paraíba denominado de São Domingos por André Gonçalves, era há muito tempo conhecido dos franceses que por ele faziam os carregamentos de madeira da terra. Já se encontrava nessa época na Paraíba uma porção de mamelucos, que cortava em varias direções e quase sempre iam implantando o terror sobretudo entre os negros nativos que encontravam. Através do rio Paraíba armaram-se batalhas, trafegaram naus francesas e portuguesas carregando toros de pau brasil cuja madeira era de primeira qualidade e muito abundante na Paraíba. 
O território era dos mais povoados no tempo do descobrimento do Brasil. Duas nações tupis, os Tabajaras e os Potiguares, ocupavam as margens do Rio Paraíba até 20 léguas do litoral. Havia os Cariris, povo tapuia dominando o Planalto da Borborema e todo interior. Devido às condições favoráveis do meio, livre dos danos das secas, os tupis, compostos apenas de duas nações, equivaliam numericamente, aos cariris, divididos em muitas tribos.
Estava a Paraíba entregue aos índios e aos franceses que invadiam, explorando toda a região e fazendo importante comércio de pau-brasil. Não somente a exploravam, mas, ainda saqueavam os proprietários. Cada ano ancoravam vinte a trinta navios na foz do Rio Paraíba na Baia de Acejutibiró (Traição), hoje Baia da Traição, os índios ajudavam os franceses a tirar o pau-brasil, em troca de ferramentas, presentes e enfeites, de que muito gostavam. Os piratas enchiam as naus de madeira cor de brasa, algodão, óleos vegetais e animais nativos e vendiam no comércio europeu. O contrabando de pau-brasil tornou-se palco de luta, guerra e morte.
Setenta e quatro anos depois do descobrimento do Brasil, era tão forte o núcleo frances-potiguara que em 1574, levaram a efeito uma macabra incursão ao Engenho Tracunhaém no território de Pernambuco, com tal surpresas perversidade que tudo reduziam a cinzas, atearam fogo nos canaviais, mataram os animais de serviço e exterminaram mais de 500 pessoas moradores do engenho, inclusive o proprietário Diogo Dias, foi sacrificado com toda a família.
A Paraíba não foi logo constituída em capitania. O seu território em 1534 pertencia à capitania de Itamaracá. Ia da foz do Rio Santa Cruz, hoje Igaraçu, até a Baía da Traição. Cobria assim, todo o território do atual Estado da Paraíba. Essa capitania foi doada a Pero Lopes de Sousa, com sua morte os franceses e potiguares tinham multiplicado sua ação de domínio, inclusive com audacioso avanço ao Engenho Tracunhaém, o rei de Portugal D. Sebastião assombrado com os acontecimentos e para assegurar a tranqüilidade dos habitantes de Itamaracá e Olinda, resolveu criar a Capitania Real da Paraíba, em 1574, compreendendo parte das terras da capitania de Itamaracá. Chamou-se capitania da Coroa porque foi conquistada com dinheiro e soldados do Estado independente e administrada por Governadores nomeados pelo Rei.
A conquista da Paraíba vinha constituindo um problema sério para os portugueses, as primeiras tentativas foram frustradas e a terra continuou entregue ao próprio destino. O rei de Portugal sabedor da grande mortandade efetuada pelos mamelucos e índios, resolve tomar as devidas providencias receosos de que os franceses não viesse tomar conta da Paraíba e ordena ao governador geral do Brasil Luis de Brito e Almeida efetuar a conquista e povoamento.
Em 1574 realizou-se a primeira tentativa de conquista. O governador Luis de Brito ordena a Fernão da Silva, ouvidor Geral e Provedor-Mor da Fazenda ara que viesse ocupar a Paraíba. Organiza a expedição com elementos de que pode dispor, e toma posse da terra, mas não pode manter a conquista, pois indígenas e franceses se levantaram em tão grande número que ele teve de fugir sacrificando parte de sua expedição.
1575 segunda tentativa quando o governador Luis de Brito em face ao fracasso de Fernão da Silva, para a conquista da Paraíba, resolve ele mesmo faze-la. Devidamente aparelhado, dispondo de uma frota considerável e de tropas numerosas e bem organizadas, embarcou para Paraíba, porem fortes temporais dispersaram a frota, que regressou a Bahia sem ter atingido o ponto desejado.
1579 terceira tentativa João Tavares, Juiz de Órgãos e Escrivão da Câmara de Olinda lançou os fundamentos de uma povoação a margem do rio Paraíba, construiu um fortim de madeira na ilha da Camboa hoje chamada Restinga. Por falta de auxilio dos portugueses não pode continuar sua ação de conquista regressando a Pernambuco.
1580 chega a Pernambuco Frutuoso Barbosa, rico proprietário e comerciante de pau-brasil, conseguira do governo a nomeação de Capitão-mor da Paraíba por espaço de dez anos, obrigando-se a realizar sua conquista. Organiza uma poderosa expedição e se dispões a combater os selvagens, porém um temporal destroçaram a armada e retrocederam-na a Lisboa de onde depois de recomposta retornou a Pernambuco. Nesse mesmo ano, não esmorecendo com aquele infortúnio que lhe roubara a esposa, e cheio de coragem e talvez guiado pelo interesse Frutuoso volta a sua empresa, reforça suas tropas e segue por mar enquanto o Capitão Simão Rodrigues Cardoso vinha por terra com a legião de voluntários. Na foz do Paraíba, aprisionou Frutuoso cinco naus francesas carregadas de pau-brasil. Mas enquanto esperava ali pelas forças da terra, uma cilada do gentio vem atacar sua gente perdendo quarenta homens de sua força inclusive seu filho, fato que o deixou profundamente aflito e impressionado.
Frutuoso, depois de transferir a colônia da Camboa para Cabedelo, procurou fortificar-se ao norte, mas insuflado pelo inimigo se viu obrigado a retirar-se para Pernambuco e pedir socorro a Manuel Teles Barreto governador geral do Brasil. Coincidiu a sua chegada a Bahia com o aparecimento de uma poderosa esquadra comandada por Diogo Flores Valdez (General Espanhol) á busca de provisões, o governador consegue a ajuda do general auxiliado por Martim Leitão, Martins de Carvalho e Dom Felipe Moura, chegando em Pernambuco reuniram-se em Conselho e combinaram o plano de conquista. A Paraíba é cercada por terra e por mar. Na Barra do Rio Paraíba, Valdez aprisionou naus francesas ateando fogo as mercadorias, enquanto o restante da força por terra combatiam os índios.
Tratou Diogo Flores de escolher o local para construção de forte, ponto de apoio pra novas conquistas. Defronte a Cabedelo foi erguido o forte com o nome de São Felipe ou São Tiago (Forte Velho). Logo depois Flores retirava-se com suas tropas nomeando diretor do Forte Francisco Castrejon e Frutuoso incumbido de governar a capitania. As desinteligências entre os dirigentes do forte impediram o progresso da recente colônia, que já não podia oferecer aos inimigos a necessária resistência. Passou o forte, a ser alvo de insistentes agressões dos selvagens açulados pelos franceses. Castrejon não resistindo as hostilidades dos selvagens e franceses abandona o forte vai para Pernambuco onde é preso e remetido para Espanha. Enquanto ele partia os índios tratavam-se de organizar resistência e uniram a tribos tabajaras e potiguares, porém um imprevisto deu-se o rompimento do chefe Tabajara com o chefe Portiguar, perseguido pelo inimigo Piragibe pede socorro a Pernambuco, e foi nesse momento de desarmonia que Martim Leitão, habilmente soube aproveitar-se mandando propor a paz a Piragibe, o emissário foi o Capitão João Tavares, o acordo foi celebrado numa colina, as margens do Rio Sanhauá, começaram a expulsar o invasor. Era 05 de agosto de 1585 dia consagrado a Nossa Senhora das Neves, realizava-se nesta data a conquista definitiva da Paraíba. Estava o convênio celebrado feita assim a Aliança forte contra Potiguar e Tapuia, inimigos poderosos do litoral, contrários e hostis a conquista da civilização.
Efetuada a conquista da Paraíba, Martim Leitão, tomou providencias para que desde logo se fundasse a colônia que mais tarde deveria se tornar uma cidade próspera. A fundação recuou do litoral e situou-se numa colina, a margem do Sanhauá, afluente do Paraíba, a quarenta e cinco metros de altitude, no sentido leste-oeste. Foi vista por Frei Vicente Salvador como “uma planície de mais de meio légua, muito chão e toda cercada de água”.
Estabelecidas as pazes entre portugueses e o cacique dos Tabajaras Piragibe, a 05 de agosto de 1585, João Tavares escolheu o local para a construção de um forte sob a direção do oficial alemão Cristóvão Lins como meio de defesa da cidade. No alto da colina foi construída a capela de Nossa Senhora das Neves que seria a padroeira da cidade e lhe daria o primeiro nome. A data exata da origem é 04 de novembro de 1585, o mestre construtor das obras foi Manuel Fernandes designado para dirigir as novas edificações em projeto.
A cidade recebeu o nome de Filipéia de Nossa Senhora das Neves em homenagem a Filipe II rei de Espanha e Portugal. Sob o domínio holandês denominou-se Frederica, em homenagem ao príncipe de Orange. Restabelecida a soberania portuguesa foi chamada Paraíba, finalmente em 1930 recebe o nome de João Pessoa por Decreto assinado por Dr. Álvaro de Carvalho pai do ilustre governador barbaramente assassinado no Recife.
Vale ressaltar com profundo reconhecimento três figuras importantes que se sobressaíram na história da conquista e civilização da Paraíba. Merece comentários especiais o nome de Martim Leitão, combatente indomável dos franceses e potiguares, verdadeiro conquistador e fundador da Paraíba. Destacando-se também seu auxiliar João Tavares, primeiro capitão-mor, incansável administrador, fundou engenhos, desenvolveu a agricultura, instituiu prêmios de vinte mil reis a quem empreendesse construções, fundou a Santa Casa de Misericórdia, contribuiu bastante para o desenvolvimento da cidade.
Em 1586 inicia-se a obra de catequese e civilização confiado aos jesuítas que vieram na expedição de Martim Leitão, eles construíram a capela de São Gonçalo e a aldeia Braço de Peixe. A freguesia de Nossa Senhora das Neves foi criada nesse ano e o seu primeiro vigário foi o Pe. João Sarlém dos Santos. Outras ordens religiosas tais como carmelitas, beneditinos e franciscanos vieram a Paraíba com o objetivo de fundarem conventos. O primeiro convento foi o de Santo Antonio fundado pelo Pe. Custódio Melchior da Santa Catarina, o Convento do Carmo fundado por Francisco S. Boaventura, o mosteiro de São Bento por Frei Damião da Fonseca e o convento de São Francisco por Frei Antônio do Campo Maior. O estilo é barroco romano, atualmente pertence ao Estado onde funciona o Museu de Arte Sacra, com um acervo de mais de dez mil peças.
Esta ordem cronológica nos dá uma informação precisa dos primeiros governantes da Paraíba, que de uma ou de outra maneira, contribuíram para o progresso e desenvolvimento da nossa Paraíba
1585 a comitivata do interior da Paraíba não excedeu a serra de Copaoba, limite das excursões chefiadas por Martim Leitão e João Tavares, no combate contra franceses e potiguares. Após a expulsão dos holandeses da Paraíba é que, na realidade, começaram explorações do interior. A conquista do sertão foi bastante lento, pois os governadores das capitanias se ocupavam com a colonização do litoral e por muitos anos as ENTRADAS tiveram a serra de Capaoba como limite. Os holandeses também fizeram explorações pelo interior, indo Elias Herckman até a serra (hoje cidade de Areia). Entretanto nada lograram dessa entrada.
A primeira entrada paraibana visando escravizar índios e explorar minas, foi a de Pedro Coelho de Sousa, cunhado de Frutuoso Barbosa, obtendo permissão do governo geral partiu com 65 soldados, entre os quais Martins Soares Moreno, o célebre herói de Iracema, o ponto de reunião dos exploradores foi o rio Jaguaribe, essa bandeira chegou até serra de Ibiapina, era intenção de Pedro Coelho ir até o Maranhão, porém seus soldados protestaram contra seu desejo. Impossibilitado de levar avante sua conquista por falta de recursos financeiros, regressa a Paraíba. Outras ENTRADAS se efetuaram após essa, como as de Feliciano Coelho, Duarte Gomes da Silveira e do Alcaide Manuel Rodrigues. Os bandeirantes paulistas que vinham do sul do país, penetraram até o Piauí. Afirma-se que os mesmos demoraram no interior da Paraíba, tendo Domingos Jorge Velho, fundado Piancó e estabelecido muitos currais de gado.
Não há dúvida que foi a família Oliveira Ledo, da casa da Torre da Bahia quem levou a efeito a conquista do interior paraibano, partindo das margens do rio São Francisco atingiu o sertão da Paraíba chegando a Boqueirão, onde estabeleceu o primeiro núcleo colonial do Cariri. Era chefe da expedição Antonio de Oliveira Ledo, que foi substituído pelo seu sobrinho Teodósio de Oliveira Ledo mais célebre e ousado conquistador  do sertão paraibano. Do Boqueirão estendeu-se a conquista por todo alto sertão da Paraíba, tendo Teodósio recebido o título de capitão-mor de Piranhas e Piancó. A ele deve-se a fundação de Campina Grande que teve como origem o aldeamento dos arius que tinha por principal chefe um indígena chamado Cavalcanti, que prestou relevantes serviços aos conquistadores. O rigor com que os bandeirantes tratavam os índios determinou a grande reação destes, havendo muitas lutas que receberam o nome de “Guerra dos Cariris”.  Esta tribo aliou-se aos Açus do Rio Grande do Norte, aos Sucurus, Panatis, Coremas, os Pegas, Icós do Ceará, empenhando-se numa luta de morte contra o conquistador Oliveira Ledo. A Paraíba auxiliou as capitanias atacadas, a guerra foi feroz, mas os indígenas foram vencidos.
Em conseqüência dessa guerra Teodósio Oliveira Ledo leva a conquista além da Borborema, chegando até Pombal onde constituiu uma povoação. Os indígenas procuram-se se restabelecer no alto sertão, iniciou-se uma luta sem trégua, o governo geral mandou a Paraíba o Coronel Manoel Araújo, fazendeiro nas margens do São Francisco com auxilio dos colonos dirigidos por Teodósio, a guerra durou alguns anos, depois foi assinada a paz entre os Coremas e Manoel de Araújo, é considerado o verdadeiro colonizador de Piancó.
HISTÓRICO DA FUNDAÇÃO DE POMBAL
1694, Com o auxilio do governo foi organizado duas BANDEIRAS e partiram para a conquista do sertão. Tendo a frente o capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo, comandante de uma delas, teve muitas vezes que repelir os cariris que lhe embargavam a passagem. Avançou sempre, desceu a Borborema e chegou a Piranhas.
Homem forte e destemido, escoando nas veias o sangue quente do lusitano, galgou serras e vales do rincão sertanejo, até chegar as águas barrentas do Piranhas. É certo que teve nos lances mais quentes da conquista o auxílio de Domingos Jorge Velho á frente das BANDEIRAS paulistas, de Francisco Dias D’avila, valente sertanista, herdeiro da nobreza e egoísmo seu avô, Garcia D’avila e o de Abreu Soares aliado de Camarão. Teodósio não avançou muito pelo rio Piancó acima. Os Coremas e panatis, ferozes e valentes como eram, chefiados pelo bravo Piancó, lhe embargaram a marcha por muitas vezes. Sua ação, como desbravador do rincão sertanejo, foi mais eficiente nos vales do Piranhas e rio do Peixe. Era intenção de Teodósio fundar um arraial em Piranhas, era necessário pedir auxilio ao governo, conseguindo gente munição e religiosos para converter os gentios. Em 1699 foi fundado o arraial com o nome de Piranhas, o terreno escolhido, era ocupado por uma aldeia de “Pegas”, ramo da família Cariri. Em combates renhidos, mas sempre vencedor, fundou aqui o valente capitão o Arraial ou povoação de Nossa Senhora do Bom Sucesso, fundando a primeira Igreja talvez de taipa e palha, onde apenas se pudesse celebrar o Santo Sacrifício da Missa e se administrassem os sacramentos dos índios que iam sendo catequizados pelo religioso da ordem de Santo Antonio.
Até 1719, Pombal não passava de pequena aldeia, ainda com o batismo de Piranhas, sob as vistas do seu fundador. Nessa época, foi atacado o pequeno povoado. Mais de 2.000 índios confederados para exterminar a povoação. Era desigual o combate, tendo havido a superioridade numérica dos selvagens. O piedoso franciscano invoca a religião e pede a Nossa Senhora do Bom Sucesso com a promessa de erigir uma igreja constituindo-a como sua padroeira. O voto foi deferido. Os combatentes fugiram assombrados ante a resistência cristã.              
Em 1721 foi construída a primeira igreja matriz de Nossa Senhora do Rosário(hoje) contratada pelo preço de 600,00 pagos em três prestações ao pedreiro Simão Barbosa Moreira, sendo seu primeiro vigário o Padre Antonio Rodrigues Frasão para esse fim criou-se uma irmandade a de Nossa Senhora do Rosário, cujos pretos perduram até hoje, fazendo parte integrante do nosso folclore, os “Pontões”, coisa rara em outras cidades, geralmente se apresentam na festa tradicional do Rosário que se realiza anualmente no mês de outubro.
A Carta Régia que elevou Pombal a categoria de vila data de 22 de julho de 1766, nesse tempo a jurisdição de Pombal se estendia desde o Seridó ao Patú (Rio Grande do Norte) as bacias do Piranhas e Piancó até os contrafortes da Borborema. 21 de julho de 1862, fundada a cidade Pombal completou em 2002 seus 140 anos.
É uma das mais antigas cidades da Paraíba. A principio chamou-se Arraial de Piranhas, Bom Sucesso e Finalmente Pombal em homenagem a Sebastião José de Carvalho e Melo, Ministro de Dom José I, Rei de Portugal. Sua primeira rua a do comércio hoje Cel. João Leite, que liga a Igreja do Rosário a primeira da cidade construída pelos conquistadores, marco histórico do primeiro núcleo colonial do município. A cidade cresceu com a Rua Nova, hoje Coronel João Carneiro, na qual está instalada a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, tendo a sua frente a praça Getulio Vargas. Não resta dúvida que Pombal cresceu graças a atuação dos seus dirigentes, ela continua em fase de desenvolvimento nos setores econômicos, políticos, sociais e culturais.
Atualmente a cidade Colégios, Grupos Escolares, além de Escolas Isoladas e Municipais todas em perfeito estado de funcionamento destacando-se seus professores como batalhadores ardentes pelo progresso da cultura da nossa cidade. No setor da Saúde Publica vamos encontrar Hospitais e Postos de Saúde com uma equipe médica bastante eficiente que atendem diariamente a necessidade do seu povo.
Merece comentários especiais os filhos ilustres da nossa terra, Manoel Arruda Câmara, naturalista, fundou o “Areópago de Itambé” (instituição literária e política, da qual faziam parte cidadãos da mais alta projeção dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará). Argemiro de Sousa, uma das mais altas celebrações jornalísticas do Brasil, exímio cultor da civilização oriental. Padre José Ferreira Nobre, José Ferreira de Sousa, Manoel Ferreira de Sousa, Manoel Ferreira Nobre, Francisco da Costa Barbosa e outros patriotas que contribuíram direta ou indiretamente na Revolução de 1817 em Pernambuco.
Na cultura pombalense destacamos os poetas, Leandro Gomes de Barros, Silvestre Honório, José Ferreira Lima, Belarmino de França e Alcides Mascena Dantas. Grande educador o Bacharel Arlindo Ugulino. Entre os escritores focalizamos o Dr. Wilson Seixas autor de “O Arraial de Piranhas” além de outras obras, o Sr. José Antonio de Sousa, autor de Grande Pombal, o Economista Celso de Medeiros Furtado, autor de vários compêndio de sociologia, relembrando também a memória do grande orador José Medeiros Vieira. Na geração contemporânea Pombal orgulha-se dos seus filhos ilustres: médicos, bacharéis, sacerdotes, professores, dentistas, economista, ect., e muitos outros investidos de cargos superiores que muito tem contribuído com sua parcela de cooperação na federação brasileira. Pombal é pequenina contanto é grande a ação dos seus filhos que não medem esforços nem sacrifícios para contribuírem com o bem a quem quer que seja, são exemplos de valores que a todos deixam transparecer são hospitaleiros e bondosos, pois aqui há sempre um lugar ao sol para todos aqueles que desejam conhecer nosso torrão natal sendo bem acolhida no seio da nossa comunidade.
GOVERNADORES DO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO COLONIAL
1585-1588. João Tavares
1588-1591. Frutuoso Barbosa
1591-1592. André de Albuquerque
1592-1600. Feliciano Coelho de Carvalho
1600-1603. Francisco de Sousa Pereira
1603-1605. André Albuquerque
1605-1608. João Barros Correia
1608-1612. Francisco Coelho de Carvalho
1612-1616. João Rabelo de Lima
1616-1620. Francisco Nunes Marinha de Sá
1620-1623. João de Brito Correia
1623-1627. Afonso França
1627-1634. Antonio Albuquerque 
1655- Primeiro governador após a expulsão dos holandês, foi João Fernandes Vieira. Um dos chefes mais notáveis do movimento restaurador em Pernambuco. Encontrou a Paraíba na miséria. É inegável que empregou esforços para a reconstrução da colônia, procurou estabelecer a agricultura e aparelhar engenhos desenvolvendo assim a agricultura. No seu governo voltaram a Paraíba os monges beneditinos dirigidos por Francisco Paulo do Espírito Santo, encontrando seu mosteiro em ruínas, foram residir em casas até serem construídos.
1657- Capitão-mor Matias de Albuquerque Maranhão. Sua administração assinala o período de reconstrução da Paraíba, com extraordinário zelo e melhorou as fortificações da capitania.
1662- João Rego Barros. Desenvolvimento da cana de açúcar, determinou que o açúcar fosse remetido ao reino e não a Pernambuco como vinha sendo feito.
1670- Luis Nunes de Carvalho. Fez excelente administração.
1673- Inácio de Carvalho. Não foi bem sucedido como seu antecessor.
1675-Manuel Pereira de Lacerda. Organizava empresa e bandeiras com o objetivo de dominar os índios e conquistar os sertões.
1678- Alexandre de Sousa Azevedo. No seu governo falece a maior figura da Paraíba André Vidal de Negreiros.
1684- Antonio da Silva Barbosa. No governo houve um surto de febre amarela denominada de Bicha, que dizimou grande parte da população.
1687- Amaro Velho Ciqueira. Decreta que o açúcar seja vendido livremente nos comércios.
1692- Manuel Nunes Leitão. Uma seca assola a Paraíba, não sendo favorável a sua administração. Funda a povoação litorânea de Mamanguape, sendo seu Primeiro donatário Duarte Gomes da Silveira. Ainda na sua gestão é fundada a cidade de Guarabira e Pombal.
1697- Manoel Soares Albergaria. Regulou a situação do fumo na Paraíba. É fundada Campina Grande que se chamou antes Vila Nova da Rainha.
1700- Francisco de Abreu Pereira. Eleva-se o número de 50 soldados para cada capitania. Fundada a cidade Cruz do Espírito Santo, nesse lugar deu-se uma cruenta batalha entre paraibanos e holandeses. São punidos os negros fugidos de Palmares.
1703- Fernando de Barros Vasconcelos. Proíbe a industria de sal.
1708- João da Mata da Gama. Manda construir a Casa da Pólvora que é concluída em 1710, recebe a visita de Dom Manuel Álvares da Costa, bispo da capitania de Pernambuco.  
GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA            PERÍODO REPÚBLICA.
1889. Junta Governativa - JUNTA GOVERNATIVA
-Ten-coronel Honório Cândido Ferreira Caldas.
- Antônio da Cruz Cordeiro Senior.
- Cap. de engenheiros João C.de Oliveira Cruz.
- Comandante Tomás de Aquino Mindelo.
- Capitão Manoel Alcântara de Sousa Cousseiro. 
- Manoel Carlos de Gouveia.
1889-Venâncio Augusto de Magalhães Neiva - PRESIDENTE.
1891-1892. Junta Governativa - JUNTA GOVERNATIVA.
-Coronel Cláudio do Amaral Savaget.
-Eugênio Toscano de Brito.
-Joaquim Fernandes de Carvalho.
1892- Álvaro Lopes Machado. - PRESIDENTE.
1892- 1896. Álvaro Lopes Machado. - PRIMEIRO PRESIDENTE CONSTITUCIONAL.
1896- Padre Walfredo Leal. - SUBSTITUTO.
1896- 1900. Antônio Alfredo da Gama e Melo.-PRESIDENTE.
1900- 1904. José Peregrino de Araújo. - PRESIDENTE.
1905- 1908. Monsenhor Walfredo Leal. - VICE-PRESIDENTE.
1908- 1912. João Lopes Machado. - PRESIDENTE.
1912- 1915. João Pereira de Castro Pinto. - PRESIDENTE.
1915- 1916. Cel. Antônio da Silva Pessoa. -VICE-PRESIDENTE.
1916- Sólon Barbosa de Lucena. - PRESIDENTE.
1916- 1920. Francisco Camilo de Holanda. - PRESIDENTE.
1920- 1924. Sólon Barbosa de Lucena. - PRESIDENTE.
1924- 1928. João Suassuna. - PRESIDENTE.
1928- 1930. João Pessoa Cavalcanti. - PRESIDENTE.
1930- Álvaro Pereira de Carvalho. - SUBSTITUTO.
1930-1932. Antenor da França Navarro. - INTERVENTOR.
1932-1935.Gratuliano da Costa Brito. - INTERVENTOR.
1935-1940. Argemiro de Figueiredo. – GOVERNADOR E INTERVENTOR.
1940-1945. Ruy Vieira Carneiro. - INTERVENTOR.
1945-Samuel Vital Duarte. - INTERVENTOR.
1945-1946. Severino Montenegro. - INTERVENTOR.
1946-Odon Bezerra Cavalcanti. - INTERVENTOR.
1946-1947. José Gomes da Silva. - INTERVENTOR.
1947-1950. Osvaldo Trigueiro de A. Melo. - GOVERNADOR.
1950-1951. José Targino. - VICE-GOVERNADOR.
1951-1953. José Américo de Almeida. - GOVERNADOR.
1953-1954. João Fernandes de Lima. - VICE-GOVERNADOR.
1954-1956. José Américo de Almeida. - GOVERNADOR.
1956-1958. Flávio Ribeiro Coutinho. - GOVERNADOR.
1958-1960. Pedro Moreno Gondim. - VICE-GOVERNADOR.
1960-1961. José Fernandes de Lima. - PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA.
1961-1966. Pedro Moreno Gondim. - GOVERNADOR.
1966-1971. João Agripino. - GOVERNADOR.
1971-1975. Ernani Sátiro - GOVERNADOR ELEITO PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA.
1975-1979. Ivan Bichara Sobreira. - GOVERNADOR ELEITO PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA.
1979-1983. Tarcísio de Miranda Burity. - GOVERNADOR ELEITO POR COLÉGIO ELEITORAL.
1982-Clovis Bezerra Cavalcanti - VICE-GOVERNADOR.
1983-1986. Wilson Leite Braga. - GOVERNADOR ELEITO.
1984-Almir Carneiro da Fonseca – PRESIDENTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
1986-Rivando Bezerra Cavalcanti. - PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
1986-1987. Milton Cabral. - GOVERNADOR ELEITO PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA.
1987-1991. Tarcísio de Miranda Burity. - GOVERNADOR ELEITO.
1991-1994. Ronaldo José da Cunha Lima - GOVERNADOR ELEITO.
1994-Cícero Lucena - VICE-GOVERNADOR.
1988-Miguel Levino de Oliveira Ramos - PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1995 - Antônio Marques da Silva Mariz - GOVERNADOR ELEITO. 18/10/1995 –
1998-José Targino Maranhão. - VICE-GOVERNADOR.
1996-Antônio Elias de Queiroga - PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
8-2002. José Targino Maranhão - GOVERNADOR ELEITO.
2002-Roberto Paulino - VICE-GOVERNADOR.
2003-2007 - Cassio Cunha Lima
A Paraíba em 1618 era afamada como a terceira capitania do norte em adiantamento, depois da Bahia e Pernambuco. O número de engenhos era de 20 e as fazendas de criação de gado iam além de Pilar. A cidade cotava mais de 1.000 habitantes habitantes. Expulsados os franceses e dominados os índios em quase todo o litoral, criavam-se condições para uma obra civilizadora, que dependia essencialmente da paz. E veio a guerra de conquistas cometida pelo governo holandês a Companhia das Índias Ocidentais.
A Primeira tentativa de invasão holandesa no Brasil deu-se na Bahia em 1624, sob o comando de Jacob Willekens e Johan Von Dorth, não teve quase duração não chegou a fixar-se, embora houvesse dominado a cidade de Salvador e aprisionado o governador da Bahia, Diogo de Mendonça Furtado.
Expulsos da Bahia os holandeses tomaram a Baia de Traição nesse recanto da Paraíba depositaram os seus feridos em número elevado. Sabendo do ocorrido o capitão-mor da Paraíba, Antonio de Albuquerque que organiza uma tropa de soldados e índios consegue bater os holandeses que abandonam o sonho de conquista. A Paraíba desempenhou-se com admirável heroísmo na primeira tentativa de invasão holandesa enviando tropas em socorro da Bahia sob o comando do seu ex-governador Francisco Nunes Marinho, inclusive o ilustre paraibano André Vidal de Negreiros supõe-se que tenha combatido holandeses não só na Baia da Traição como também no cerco a Salvador, tornando-se mais tarde herói e símbolo de resistência e bravura.
Com o fracasso da invasão da Bahia, não abandonaram os holandeses a idéia de conquista, em 1630 ocupam Pernambuco uma poderosa esquadra composta de 60 navios. O governador de Pernambuco Matias de Albuquerque organizou a defesa armando para isso o posto de guerra denominado “Arraial do Bom Jesus”, entre Olinda e Recife. Organizou as Companhias de Emboscadas e Guerrilhas em que muito se distinguiu o valente Felipe Camarão. Os holandeses revoltados com a resistência do forte, impossibilitados de avançar incendiaram Olinda se fixaram no Recife. Matias de Albuquerque teria possivelmente absoluto êxito, se não fora a interferência maléfica de Domingos Fernandes Calabar. Resolveram os holandeses mais uma vez investir sua ação para a Paraíba. O governador Antonio de Albuquerque prevendo nova invasão mandou reconstruir a fortaleza de Santa Catarina em Cabedelo e guarnece-la de 18 peças. Em frente fez edificar um reduto o forte de Santo Antonio, que foi confiado ao comando de Duarte Gomes da Silveira e o de Santa Catarina a João de Matos Cardoso. No dia 05 de dezembro de 1632, apareceu defronte a Cabedelo uma expedição holandesa composta de 1.600 homens comandados pelo Coronel Callenfels. A fortaleza recebeu a bala os invasores. A batalha durou muitos dias, oscilando entre vitórias e peripécias e peripécias de parte a parte. Lutas ásperas ocorreram entre as tropas holandesas e os defensores da capitania, nelas perderam a vida os capitães André da Rocha e Jerônimo de Albuquerque irmão do governador, morrendo também no combate o capitão espanhol Manuel Gondinho, inclusive Frei Manuel da Piedade filho do capitão-mor João Tavares.
Em 1630 Rio Grande do Norte é dominado pelos holandeses que se apoderam do forte dos Reis Magos, chegando tardiamente os socorros da Paraíba. Em tais circunstâncias o ataque a nossa capitania estava iminente. No dia 24 de fevereiro de 1634 chegou ao Cabo Branco uma expedição holandesa composta de 20 navios sob as ordens do almirante Lichtards, conduzindo 1.500 homens comandados por Sigismundo von Schkoppe. Essa poderosa frota começou o desenvolvimento nas margens do Rio Jaguaribe. O governador Antonio de Albuquerque oferece a máxima resistência mas não consegue impedir a vitória dos bravos holandeses.
DOMÍNIO HOLANDÊS – Em 24 de dezembro de 1634 a Paraíba era ocupada pelos holandeses, não encontraram resistência pois os moradores incendiaram os depósitos de mercadorias e navios no porto, para não vir a pertencer aos inimigos, refugiaram-se no campo. Foi assim que a Paraíba capitulou. O Coronel Segismundo apoderou-se da capital mudando-lhe o nome para Frederica em homenagem a Frederico Henrique, e o Coronel Cristóforo Arciszewski correu até o Engenho Velho onde esperava capturar o capitão-mor desaparecido, somente encontrando o seu proprietário, Duarte Gomes da Silveira, a quem ofereceu uma proposta de paz.
O primeiro governador da Paraíba e Rio Grande do Norte em nome da Holanda, foi Servais Carpentier, que um ano mais tarde era substituído por Ippo Eyssens, homem ambicioso que se apoderava de um dos melhores engenhos da capitania. Durante sua administração ocorreu a incursão na capitania de tropas portuguesas comandadas pelo valoroso chefe Francisco Rabelo, o Rabelinho assim chamado por ser pequeno de estatura. Saindo-lhe ao seu encontro, Ippo Eyssen foi logo batido e morto. Sucedeu-lhe ao governo o Diretor Elias Herckman um dos mais notáveis dentre os holandeses que então vieram ao Brasil. O qual escreveu uma bela descrição da Paraíba. Tem um ligeiro encontro com rabelinho, mas os portugueses se retiram, vendo que não obteriam vantagens na luta.
No ano seguinte novas lutas se assinalam dessa vez dirigidas pelo capitão Sebastião Souto e pelo ajudante André Vidal de Negreiros, ilustre paraibano, que tendo ordem de destruir todos os recursos da capitania, para cumprir a missão iniciou a destruição pelos canaviais do seu próprio pai, pois assim fazendo, enfraquecia economicamente os holandeses dominadores da província.
Estes acontecimentos motivam da parte dos holandeses as mais violentas medidas contra os moradores que são perseguidos, muitas vezes punidos com a pena capital e a confiscação dos bens e menos suspeita de convivência.  Ao mesmo tempo o príncipe Mauricio de Nassau, investido do governo do Brasil holandês inicia reformas que foram as regalias prometidas do ponto de vista religioso. Entretanto Mauricio continua com as suas reformas tendo antes visitado a Paraíba em 1637. procura moldar a administração e a justiça pelas leis e estilo da Holanda. As capitanias não habituadas a tal regime, sentem muito e reclamam.
Em 1644 Mauricio de Nassau, tendo de regressar a Holanda vem a Paraíba, onde embarca numa frota de 13 navios, sendo este a última terra da América que ele pisou. Não resta dúvida que seu governo marcou bem a sua administração no Brasil, Recife cresceu e progrediu, enquanto que na Paraíba ele ordenou a reconstrução da fortaleza de Santa Catarina, cujo nome mudou para Margareth em honra a sua mãe.
O domínio holandês durou ate 1654, ano em que o heroísmo do brasileiro, representado pela bravura dos pernambucanos, após lutas de muitos anos, conseguiu dominar por completo a resistência do inimigo. Pernambuco teve na Paraíba a alma mais viva da insurreição. Foi herói dessa gloriosa epopéia o insigne paraibano André Vidal de Negreiros.
RESTAURAÇÃO
1640 Portugal se libertara da Espanha e no entanto os holandeses permaneciam no Brasil. A dominação holandesas tornava-se para o brasileiro um julgo cada vez mais insuportável. Além disso as diferenças de raça, línguas e religião causavam profundas incompatibilidades entre os dominadores e os dominados. Entregue aos próprios recursos, trataram os brasileiros de por si mesmo derrubar o julgo que os escravizavam e entraram num vasto conserto de forças em que se destacou André Vidal de Negreiros (paraibano) seguindo também João Fernandes Vieira (português), Antonio Felipe Camarão (índio potiguar) e Henrique Dias (negro). Traçados o plano da conspiração, Vidal vem a Paraíba em 1644 a pretexto de visitar os seus pais, mas na realidade para combinar com seus moradores o inicio da campanha restauradora. Logo entra em acordo com Fernão Rodrigues de Bulhões, Lopo Curado Garro, Manuel Queirós Cerqueira, Jerônimo Cadenna.
Em principio de 1645 uma nova revolta na capitania, um bando de selvagens influenciados assaltou num domingo o engenho S. Tiago Maior de André Dias de Figueiredo trucidando todas as pessoas presentes, inclusive o sacerdote que celebrava a missa. Só foi salva a filha do senhor de engenho, por seus encantos, sendo conduzida para a fortaleza de Cabedelo. Paulo de Linge, nomeado governador da Paraíba, foi a figura sinistra do terror, mandou enforcar a Gonçalo Cabral. O cadáver de Estevão Fernandes foi arrastado preso a cauda de um acavalo pelas ruas da cidade.
Em represália ao movimento revolucionário Vidal enviou a Paraíba reforços comandado pelo capitão Antonio Curado, auxiliado por Diogo Camarão e Henrique Mendonça para reunirem e comandarem os índios e os negros. Paulo Linge refugia-se com as suas tropas dentro das muralhas de Cabedelo e a cidade capitulou caindo em poder de Lopo Curado Garro que tratou de fortificar-la. O governo restaurador é constituído deste juntamente com Jerônimo Cadena e Francisco Gomes Muniz. Todos os moradores ficaram solidários contribuindo com homens e armas, reuniram-se em Tibiri e organizaram as companhias de guerra, os holandeses saindo do forte de Cabedelo entraram em choque com os paraibanos no engenho Inhobin, onde os paraibanos tiveram uma vitória espetacular, apesar da superioridade numérica dos seus inimigos. O fim do domínio holandês no Brasil é melancólico, depois de 11 anos de domínio na Paraíba, são agora obrigados a fugir as presas ameaçados pelo poder do invasor. Mas Cabedelo não assistiria o espetáculo das honras militares de entrega da Fortaleza de Santa Catarina ao governo da restauração. Pelo contrário, a retirada holandesa ocorreu em clima de atropelo, deixando um resquício de fuga desarvorada.
O Coronel Mautijn e os holandeses ali residentes, embarcaram precipitadamente sem ao menos poderem dispor dos seus bens e escravos, apesar de que antes de partir soltou todos os prisioneiros paraibanos entregou a Fortaleza para que se defendessem contra qualquer ato de barbaridade. Não resta dúvidas que a Fortaleza de Santa Catarina foi um reduto militar, uma fortificação permanente destinada a defesa da Capitania da Paraíba e litoral nordestino contra tentativas de invasão inimiga e ataques dos piratas franceses. Nos primeiros anos do século XVII o capitão-mor da Fortaleza foi João Cardoso de Matos, militar que marcou profundamente a história da Paraíba pelos seus feitos de defesa. Essa fortaleza registra os grandes conflitos dos maiores Estados Europeus, como ainda documenta a vibração dos homens que em sua defesa entregaram a vida em favor da Pátria engrandecendo o seu nome com exemplos magistrais de valor. No século XVIII, tornou-se uma das maiores Fortalezas da América do Sul, como moldura dos quadros vivos que criou. Bonita pela forma, grande pela História.
No dia 26 de janeiro de 1654, capitulavam os holandeses na Campina da Taborda em Pernambuco. A 01 de fevereiro partia do Recife o capitão Francisco Figueiredo, com 859 homens para tomarem conta das fortificações da Paraíba. Aqui chegados, a bandeira portuguesa por fim tremulou no reduto militar de Cabedelo, aos sons de sinos e orações, enquanto salvas de tiros prometiam novas era.